
sexta-feira, março 30, 2007
quinta-feira, março 29, 2007
Sabes... tenho frio...
Podes vir depressa abraçar-me?
Deixa-me enroscar no teu corpo quente. Protege-me. Protege-me do frio. Do frio que vem de fora. E do que vem de dentro. Achas que me podes proteger também do frio que vem de dentro? Prometes que tentas?!
Vem depressa! Abraçar-me. Envolver-me no teu corpo.
Aquece-me. Ajuda-me a livrar-me deste frio.
Deixa-me enroscar no teu corpo quente. Protege-me. Protege-me do frio. Do frio que vem de fora. E do que vem de dentro. Achas que me podes proteger também do frio que vem de dentro? Prometes que tentas?!
Vem depressa! Abraçar-me. Envolver-me no teu corpo.
Aquece-me. Ajuda-me a livrar-me deste frio.
segunda-feira, março 26, 2007
Por princípio prezo a pontualidade.
Até bastante, pode dizer-se. Para mim, esta é tão somente uma questão de respeito pelo tempo dos outros. Por isso, e como gosto que respeitem o meu tempo, procuro normalmente agir de acordo com esse princípio.
Ora é neste contexto que chegar a um compromisso, pontualmente, uma hora atrasada por causa da mudança da hora... hummm... é coisa para me deixar um bocadiiiiito chateada.
Ora é neste contexto que chegar a um compromisso, pontualmente, uma hora atrasada por causa da mudança da hora... hummm... é coisa para me deixar um bocadiiiiito chateada.
sábado, março 24, 2007
sexta-feira, março 23, 2007
quarta-feira, março 21, 2007
de profundis amamus
Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua ____ os costumes
O público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal ____ abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados ____ maravilhosos ____ únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
Mário Cesariny
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua ____ os costumes
O público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal ____ abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados ____ maravilhosos ____ únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
Mário Cesariny
10.05.1910 – 19.03.2007
Quase 97 anos de vida. Seis filhos. Nove netos. Quatro bisnetos.
Quando a vida decorre ao seu ritmo natural e a morte nos chega pela mesma ordem que a vida o fez, tudo parece perfeito e é assim possível aceitar a morte com alguma (não demasiada) naturalidade.
Primeiro os bisavôs e bisavós, depois os avôs e avós, depois os filhos e filhas, depois os netos e netas e só por fim os bisnetos e bisnetas, para tudo recomeçar, quando estes já forem eles próprios bisavôs ou bisavós.
Sim, por esta ordem, a morte é mais tranquila e consigo até aceitá-la como natural.
Assim só me posso permitir ficar feliz com os quase 97 anos de vida da avó do Icarus.
Maria Vitória seu nome.
Quando a vida decorre ao seu ritmo natural e a morte nos chega pela mesma ordem que a vida o fez, tudo parece perfeito e é assim possível aceitar a morte com alguma (não demasiada) naturalidade.
Primeiro os bisavôs e bisavós, depois os avôs e avós, depois os filhos e filhas, depois os netos e netas e só por fim os bisnetos e bisnetas, para tudo recomeçar, quando estes já forem eles próprios bisavôs ou bisavós.
Sim, por esta ordem, a morte é mais tranquila e consigo até aceitá-la como natural.
Assim só me posso permitir ficar feliz com os quase 97 anos de vida da avó do Icarus.
Maria Vitória seu nome.
segunda-feira, março 19, 2007
óptimo
Hoje ouvi-te utilizar a palavra óptimo. Soou-me de tal forma estranha, que desconfio que foi a primeira vez que ta ouvi pronunciar. Digamos que para quem, geralmente, tudo na vida se reduz a razoável ou a mais ou menos este é um enorme prodígio.
Agora só tens de continuar com essa perspectiva.
É que sabes que a VIDA é mesmo óptima, não sabes?!
Agora só tens de continuar com essa perspectiva.
É que sabes que a VIDA é mesmo óptima, não sabes?!
domingo, março 18, 2007
O meu trabalho tem uma importância que considero relativa. Isto porque acredito que a importância de qualquer trabalho depende do facto do mesmo ter, ou não, a seu cargo vidas humanas. Nos casos em que tal se verifica, os erros ou os atrasos podem ser fatais. Por exemplo, um controlador aéreo tem de minimizar os seus erros a zero. Um piloto de aviões também. De um médico espera-se o mesmo.
Já do meu trabalho, em boa verdade, não dependem vidas humanas. Nem quaisquer outras formas de vida. Acho-o importante. Mas só (e nada mais do que) relativamente importante.
Assim, não consigo entender o stress que o envolve. Porquê tanto?! Claro que temos prazos que devemos cumprir, e que nós, pelo brio profissional que nos move, gostamos de respeitar. Mas, se porventura tal não acontecer, ninguém morre. Nem o mundo acabará.
Então, porquê todo este stress? (E já agora, como lidar com ele?)
Já do meu trabalho, em boa verdade, não dependem vidas humanas. Nem quaisquer outras formas de vida. Acho-o importante. Mas só (e nada mais do que) relativamente importante.
Assim, não consigo entender o stress que o envolve. Porquê tanto?! Claro que temos prazos que devemos cumprir, e que nós, pelo brio profissional que nos move, gostamos de respeitar. Mas, se porventura tal não acontecer, ninguém morre. Nem o mundo acabará.
Então, porquê todo este stress? (E já agora, como lidar com ele?)
Ao observar a radiografia
dos pulmões de um paciente, certo médico diz-lhe que aqueles se encontram impecáveis. Sem quaisquer problemas, apesar de fumador assíduo.
Uns meses mais tarde outro médico, em presença da mesma radiografia, detecta imediatamente e sem reservas a presença de dois tumores.
Passam mais alguns meses e o paciente morre... vítima de cancro.
Não faço ideia se, na eventualidade da doença ter sido detectada na primeira observação dos exames de diagnóstico, a situação poderia ter sido diferente.
Mas confesso que saber destas situações me assusta. Muito.
Uns meses mais tarde outro médico, em presença da mesma radiografia, detecta imediatamente e sem reservas a presença de dois tumores.
Passam mais alguns meses e o paciente morre... vítima de cancro.
Não faço ideia se, na eventualidade da doença ter sido detectada na primeira observação dos exames de diagnóstico, a situação poderia ter sido diferente.
Mas confesso que saber destas situações me assusta. Muito.
quarta-feira, março 14, 2007
terça-feira, março 13, 2007
Cúmulo é
comprar o mesmo produto numa loja em Lisboa e num site alemão e ser o segundo, não o primeiro, a trazer instruções em português.
domingo, março 11, 2007
contradições
De um lado... fast-food e exageros alimentares cometidos diariamente.
Do outro lado... fixação pelas dietas e proliferação de alimentos enriquecidos com cálcio, fibras, vitaminas, bífidus activos, estanol e tantos outros, destinados a compensar os exageros.
Contradições no nosso binómio tempo/espaço.
Do outro lado... fixação pelas dietas e proliferação de alimentos enriquecidos com cálcio, fibras, vitaminas, bífidus activos, estanol e tantos outros, destinados a compensar os exageros.
Contradições no nosso binómio tempo/espaço.
sábado, março 10, 2007
Porque temos
tanta aversão à mudança?
Será que é a estabilidade e a segurança que nos faz mais felizes?
Será que é a estabilidade e a segurança que nos faz mais felizes?
Instalo-me na varanda.
Mas praticamente não consigo ver o ecrã do portátil onde preciso de trabalhar.
Regresso para dentro de casa. Mas só me apetece ir para a varanda.
Não, isto hoje não está fácil.
Regresso para dentro de casa. Mas só me apetece ir para a varanda.
Não, isto hoje não está fácil.
quinta-feira, março 08, 2007
quarta-feira, março 07, 2007
Com frequência dou comigo, de uma forma totalmente inesperada, a ir de encontro a coisas que aparentemente se me atravessam à frente.
Será por ser desastrada? Será por não ter consciência do espaço que ocupo, o qual, diga-se de passagem, nem sequer é muito?
(Ou serão afinal os objectos que, brincalhões, se deslocam para a minha frente quando eu me aproximo?! Parece-me esta terceira hipótese a mais verosímil.)
Será por ser desastrada? Será por não ter consciência do espaço que ocupo, o qual, diga-se de passagem, nem sequer é muito?
(Ou serão afinal os objectos que, brincalhões, se deslocam para a minha frente quando eu me aproximo?! Parece-me esta terceira hipótese a mais verosímil.)
terça-feira, março 06, 2007
O problema de começar a semana
cheio de energia é que se arrica a descarregar a bateria logo nos primeiros dias.
segunda-feira, março 05, 2007
fotografia
A noite do último eclipse lunar fez-me compreender que conseguir uma boa fotografia envolve tempo, paciência e persistência.
domingo, março 04, 2007
sábado, março 03, 2007
Há pessoas que possuem o dom
de transformar ideias teoricamente bastante boas em verdadeiras desgraças práticas.
sexta-feira, março 02, 2007
Hoje é um dia especial porque
se completa o primeiro ano de existência deste tasco. Pois é, já passou um aninho desde que escrevi o primeiro post.
Quanto a estatísticas: publicámos 344 posts; e, curiosamente, hoje atingimos as 5000 visitas contadas. Claro que não é nada de especial! Mas também tenho consciência que o tempo que vos disponibilizo (e não só eu! não é icarus?!) não é o necessário e suficiente. E também a criatividade tem escasseado frequentemente.
Muitas vezes, nos últimos tempos, me tenho questionado sobre a continuação ou não deste “projecto”. No entanto, mesmo sentindo que nem sempre vos damos matéria de qualidade, não me apetece abandoná-lo. Ao fim e ao cabo creio que a vontade de partilhar parte de mim, e às vezes parte de nós, se sobrepõe. Directa ou indirectamente é um pouco de nós que vamos deixando nestes espaços. Seja através de textos mais ou menos elaborados, pensamentos, fotografias e tantos outros pequenos nadas... tudo reflecte um pouco do que somos.
Por isso, para já, e apesar de ter consciência que continuarei a não ter muito tempo para vos dar conteúdos de qualidade, por aqui me encontrarão.
Continuemos então a caminhar... porque o caminho está a valer a pena. E vocês vão aparecendo, porque enquanto houver, mais ou menos, visitas a vontade de continuar manter-se-á!
Quanto a estatísticas: publicámos 344 posts; e, curiosamente, hoje atingimos as 5000 visitas contadas. Claro que não é nada de especial! Mas também tenho consciência que o tempo que vos disponibilizo (e não só eu! não é icarus?!) não é o necessário e suficiente. E também a criatividade tem escasseado frequentemente.
Muitas vezes, nos últimos tempos, me tenho questionado sobre a continuação ou não deste “projecto”. No entanto, mesmo sentindo que nem sempre vos damos matéria de qualidade, não me apetece abandoná-lo. Ao fim e ao cabo creio que a vontade de partilhar parte de mim, e às vezes parte de nós, se sobrepõe. Directa ou indirectamente é um pouco de nós que vamos deixando nestes espaços. Seja através de textos mais ou menos elaborados, pensamentos, fotografias e tantos outros pequenos nadas... tudo reflecte um pouco do que somos.
Por isso, para já, e apesar de ter consciência que continuarei a não ter muito tempo para vos dar conteúdos de qualidade, por aqui me encontrarão.
Continuemos então a caminhar... porque o caminho está a valer a pena. E vocês vão aparecendo, porque enquanto houver, mais ou menos, visitas a vontade de continuar manter-se-á!
quinta-feira, março 01, 2007
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