segunda-feira, março 31, 2008
o maior desafio
domingo, março 30, 2008
quinta-feira, março 27, 2008
quarta-feira, março 26, 2008
ora vejamos.
conclusão óbvia: as coisas esta semana acalmaram no trabalho, mas o meu cérebro ainda está um pouquito baralhado.
terça-feira, março 25, 2008
Naquele dia não quis relativizar.
Sabia que, se o fizesse, encontraria alguma desculpa para o insólito da situação. Mas, naquele dia especialmente, não lhe apetecia encontrar atenuantes. Queria simplesmente poder acusar, culpar sem concessões.
Conhecendo-se bem, sabia que no dia seguinte relativizaria de novo. Mas, pelo menos por um dia, queria permitir-se a excentricidade.
segunda-feira, março 24, 2008
domingo, março 23, 2008
Pedra filosofal
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
sábado, março 22, 2008
chego cansada
eu que vinha a precisar de carregar baterias, fico com a carga ainda mais fraca.
quero voltar para casa. a minha. a nossa. fico com saudades da cidade, daquela que também já considero minha.
o que me sobra... sim, sobra-me, afinal, a alegria dos encontros com muitos meses!
sexta-feira, março 21, 2008
quinta-feira, março 20, 2008
Demasiado tempo
entre a saída do trabalho e a hora de dormir. Eis o sentimento que se evidencia hoje. Admito que o tempo não seja demasiado, mas antes o termo de comparação deficiente.
Mas hoje. Hoje. Parece-me muito tempo.
quarta-feira, março 19, 2008
terça-feira, março 18, 2008
segunda-feira, março 17, 2008
domingo, março 16, 2008
Des(acordo) ortográfico
Qualquer língua está constantemente em mudança, e vai sofrendo ligeiras alterações com naturalidade. Mas não se muda através de leis! Não é este acordo que fará com que lusófonos de origens distintas se compreendam melhor. Até porque não é a grafia que mais nos distingue em termos de comunicação.
Irrita-me especialmente que os meus filhos venham a aprender a escrever ação ou ótimo. E que depois ainda me acusem de dar erros. Sim, porque eu não estou a pensar em aderir a este "acordo" assim às primeiras... nem às segundas... nem aos domingos!
sábado, março 15, 2008
Este ano, o pessoal da minha colheita
Bem, o que me consola é que, de acordo com a sabedoria popular, os trinta nas mulheres são a sua melhor década. Então... segurem-se, porque eu estou a caminho! :)
Mas tudo isto é afinal porque hoje uma excelente mulher da minha colheita celebra os seus trinta. Parabéns para ela!
quinta-feira, março 13, 2008
Esta época do ano é especialmente difícil no meu trabalho,
Este ano está, sem excepção, a ser mauzinho. Muitas noitadas. E os problemas do costume. Mais os problemas novos.
Afinal, por estes dias, sair do trabalho antes das dez da noite parece uma proeza. Uma excentricidade.
Já andamos todos a atingir níveis de cansaço muito substanciais. E o pior é que ainda não conseguirmos ver o final do túnel. O stress continuará nas próximas semanas.
Tudo isto para justificar as minhas ausências? Não só, mas também.
segunda-feira, março 10, 2008
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
domingo, março 09, 2008
Corrente 12 palavras
Acolhimento. Amor. Cor. Diferença. Honestidade. Música. Novidade. Optimismo. Partilha. Pessoas. Sabedoria. Vida.
Passar a corrente em diante... a quem por aqui passar e lhe apetecer.
quarta-feira, março 05, 2008
domingo, março 02, 2008
Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Morais