quinta-feira, novembro 30, 2006

gosto de ver o nascer do sol

dias como o de hoje (ou melhor, o de ontem) oferecem-me este prazer... o sol surge lentamente no horizonte e vai-se revelando aos pouquinhos até não ser possível olhá-lo directamente. as cores que o rodeiam são perfeitas e fazem-me esquecer ou, ao invés, recordar (depende se o mais importante precisa de ser esquecido ou lembrado).

é nesta altura do ano que menos me importo de acordar cedo, pois sei que à minha espera está o sol pronto a despertar, como que preparado para me segredar "Bom Dia!".

é bom ver o sol acordar. prazeres simples.

quarta-feira, novembro 29, 2006

terça-feira, novembro 28, 2006

Por vezes

estamos tão concentrados no que julgamos conhecer bem, que nos esquecemos de reparar nas surpresas que a realidade nos reserva.

segunda-feira, novembro 27, 2006

momentos...

... inesquecíveis

domingo, novembro 26, 2006

Não permitir a manifestação de grande júbilo ou grande lamento em relação a qualquer acontecimento, uma vez que a mutabilidade de todas as coisas pode transformá-lo completamente de um instante para o outro; em vez disso, usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida. Em geral, porém, fazemos o contrário: planos e preocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é negligenciado; no entanto, somento o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida inteira.

Ora, para o eudemonismo, tudo isso é bastante positivo, mas uma filosofia mais séria faz com que justamente a busca do passado seja sempre inútil, e a preocupação com o futuro o seja com frequência, de modo que somente o presente constitui o cenário da nossa felicidade, mesmo se a qualquer momento se vier a transformar-se em passado e, então, tornar-se tão indiferente como se nunca tivesse existido. Onde fica, portanto, o espaço para a nossa felicidade?


Arthur Schopenhauer, in 'A Arte de Ser Feliz'

Morelenbaum2 Sakamoto - Desafinado

sexta-feira, novembro 24, 2006

tristeza

Uma bebé nasceu... mas não chegou a viver... um nado-morto. Em 2002 a taxa de mortalidade neonatal foi de 3.4 por mil em Portugal. Uma estatística muito baixa, que já não é possível reduzir significativamente porque são as complicações na gravidez ou parto, ou as malformações que a compõem.

Com as condições médicas que temos actualmente, é demasiado fácil pensar que quando uma gravidez atinge determinado número de semanas já nada poderá correr mal. Só falta mesmo nascer, pensamos. Infelizmente, nem sempre assim é. Neste caso não foi... e eram já tantas as semanas...
São impressionantes as partidas que a vida reserva ao virar da esquina onde se deposita mais confiança.
Que força estes pais terão de encontrar para reagir a um trambolhão destes...

quarta-feira, novembro 22, 2006

a diferença atrai-nos

"pólos opostos atraem-se"
É muito engraçada a forma como esta lei da física se aplica tão bem às relações humanas...

O igual a mim não me traz novidade. Pode ter a minha simpatia, mas não muito mais. É previsível. Conheço-lhe as manhas. Não tem muito interesse, podendo mesmo chegar a aborrecer-me.

Já o diferente desperta em mim curiosidade. Apetece-me conhecê-lo mais e melhor. Surpreende-me. Ajuda-me a olhar o mundo com outros olhos, oferencendo-me um prisma diferente da realidade.
Claro que, muitas vezes, à conta dessa diferença, não o compreendo e até me faz desesperar.
Contudo, ainda assim, prefiro a diferença. Sim.

terça-feira, novembro 21, 2006

obrigada!


hoje foste um verdadeiro doce comigo.
:)))))))))))))))))))))))

segunda-feira, novembro 20, 2006

Hoje

nasceu a Leonor. Bem vinda Leonor!
E muitos parabéns aos papás!

domingo, novembro 19, 2006

sábado, novembro 18, 2006

Num mundo ideal não haveria abortos.

Não os haveria, porque não haveria violações. Não os haveria, porque os casais, casados, unidos em união de facto, ou mesmo não unidos, poderiam sempre dar todo o seu amor aos seus futuros filhos, com meios mais ou menos abundantes, mas sempre os necessários.
Num mundo perfeito, não haveria filhos mal amados, nem crianças abandonadas.
Num mundo perfeito, não nos preocuparia poder ter filhos com deficiências, porque saberíamos que a sociedade nunca os discriminaria. E tudo estaria ao seu alcance, como está ao das crianças e dos adultos ditos “normais”.

Mas não vivemos num mundo perfeito. E muito menos vivemos num país perfeito. Há muitos abortos.
Legais... porque há violações. Legais... porque há pais que optam por não arriscar ter um filho com deficiências, com todas as limitações que o nosso mundinho lhe coloca.
E muitos clandestinos. Demasiados. Demasiados em condições sub-humanas.

Até certa altura da minha vida desconhecia o aborto perto de mim. Desconhecia a realidade. Depois, fiquei a conhecê-la. Fracamente. Mas o suficiente para perceber que as decisões são sufocantes e que as condições que envolvem um aborto podem ser demasiado cruéis.

Eu sou pela VIDA! É por isso que condeno, com todas as minhas células, a pena de morte (mas sobre isto falarei noutro post).

Mas não sei se tenho o direito de condenar quem tem, em circunstâncias muito específicas, de optar pela não vida.

Ao que tudo indica teremos de novo referendo. Ainda não é certo que vá votar neste referendo.
Votei no outro. Votei pelo mundo ideal.
Hoje sei melhor que não vivemos no mundo ideal.
Gostava de poder votar não. Votar pela vida acima de tudo. Mas creio que não posso...
Também gostava de poder votar sim. Mas não tenho a certeza de que a minha consciência o permita... Talvez venha a permitir... Não em nome da liberdade da mulher, porque o dom da vida é superior ao da liberdade. Mas em nome de um mal menor. Em nome da felicidade da mãe. Se tem mesmo de acontecer, então que não fechemos os olhos, que não sejamos hipócritas, e que permitamos que aconteça em condições de saúde.

Contudo, espero francamente que, quem de direito, crie condições para acompanhar estas mulheres. Que no antes as ajude a ponderar todas as opções disponíveis. E que no depois tudo seja facultado para que nada tenha de se repetir. E que todos trabalhemos para um país de mais informação e de mais formação.

A garganta tolda-se-me quando penso sobre este assunto... mas é este o mundo em que vivemos.
Não vale a pena fechar os olhos e fingir que é um mundo ideal.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Começo a avistar

uma luz ao fundo do túnel. Uma luz que é agora mais do que um simples pontinho, lá demasiado ao fundo, quase inatingível. Uma luz que me desperta para a vontade de correr, na ânsia de sair do túnel rapidamente.

quinta-feira, novembro 16, 2006

momentos...

... molhados

quarta-feira, novembro 15, 2006

pensamentos

Hoje, num dos meus devaneios, pensei: “Os elogios são tão bons e não pagam impostos... Deveríamos utilizá-los mais!”

E não é que, logo de seguida, como por magia, recebi um excelente elogio. Fiquei de sorriso nos lábios e a pensar: “A vida tem coisas bem giras!”.

terça-feira, novembro 14, 2006

Normalmente procuro

não “julgar” à primeira impressão. Gosto de olhar as situações de diferentes prismas.
Relativizo. Olho de perfil. Viro do avesso. Não me deixo levar pela primeira ideia, a mais fácil. Assim, em geral, encontro motivos, mais ou menos lógicos, mais ou menos óbvios, para as atitudes que não compreendo.
Deste modo, consigo respeitar e, frequentemente, até compreender.

Contudo, há momentos em que não me apetece relativizar nem compreender.

Não quero olhar de perfil, nem virar do avesso. Quero ver tudo como se fosse fundamental. Como se um pequeno nada tudo significasse.
Pois é... às vezes acontece-me assim.

Momentos...

segunda-feira, novembro 13, 2006

O amor é um rio onde as águas de dois ribeiros se misturam sem se confundir.
Jacques Bossuet

domingo, novembro 12, 2006

Probabilidades

Se eu não me enganei a fazer os cálculos, existem 76 275 360 chaves distintas, possíveis de serem seleccionadas, no jogo do Euromilhões. Calculadora em punho, a probabilidade de uma dessas chaves sair é de 0.00000001311. Estão demasiados zeros à direita da vírgula, para que a leitura do número seja fácil. O mesmo, arredondado à sétima casa decimal, continua a ser zero. Ora, matematicamente comprovado, a probabilidade de acertar no Euromilhões com uma determinada chave é (praticamente) nula. E o facto de preencher o boletim completo não altera significativamente a probabilidade de ganhar.
Sendo esta uma atitude que não tem nada de racional, o que leva, então, as pessoas a jogar?

Pessoalmente acho que um prémio do montante do que está envolvido (que eu nem sei exactamente qual foi esta semana) é... que adjectivo lhe atribuir? ... estapafúrdio (talvez este se adeqúe).
Na próxima semana estarão em jogo 180 Milhões de Euros, montante este que eu não consigo por si só racionalizar. Se fizer as continhas concluo que o montante equivale a 360 apartamentos no valor de 500 000 Euros, ou 720 no valor de 250 000 (50 000 contos, para falar no velho Escudo). Bem, demasiados apartamentos.

Jogar neste jogo revela-se assim uma atitude perfeitamente irracional, não só porque é praticamente impossível as bolinhas mágicas acertarem com uma determinada chave, mas também porque um prémio daquele montante muda completamente a vida dos premiados, tal como eles a conhecem até aí. Tão completamente, que julgo ser demasiado.

Um prémio destes não ajuda, creio antes que complica.
Eu até consigo pensar num conjunto de coisas muito nobres em que aplicar o dinheiro, mas... continuo a achar que é um prémio assustadoramente grande.

Quem sabe se não será devido ao facto das probabilidades serem tão baixas que tanta gente joga. Talvez se estas fossem mais elevadas, o pessoal pensasse duas vezes antes de jogar.


momentos #6



... de paz

sexta-feira, novembro 10, 2006

Acabaram-se as bolachas no trabalho.

Fim. The end.
Depois do que aconteceu esta semana... em que tive o descaramento de devorar, compulsivamente, um pacote de bolachas inteiro... acabou!

O stress dá-me uma vontade descarada de cometer pecados alimentícios. A única solução é não ter tentações por perto.

Jamie Cullum

Duas horas e meia de concerto...
Muito bom, muito criativo, muito intimista, muito... muito.
Prometeu voltar.
Eu, se puder, estarei lá!


quarta-feira, novembro 08, 2006

terça-feira, novembro 07, 2006

Por vezes são as pessoas menos evidentes que nos levam a reflectir sobre a nossa própria vida.

domingo, novembro 05, 2006

O sentimento

de missão (bem) cumprida faz muito bem ao coração.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Descobri que tenho dois eus.

Um eu que posta e um outro eu que se relaciona pessoalmente.
Mas não o descobri sozinha...

Já mais do que uma vez me “acusaram” de que queixar muito no blog. Contudo, quem me encontra não só aqui, mas também pessoalmente, diz que eu aparento estar em pior forma ao escrever do que ao conversar. Ora, que concluo eu? Tenho dois eus: um eu que escreve; e um outro eu que fala, sorri e se relaciona cara a cara.

Esta recente descoberta trouxe-me um problema existencial. Não sei qual é o meu eu (mais) verdadeiro... se o que escreve... se o outro.
Eu pensava que os dois eram igualmente verdadeiros. Até pensava, ingenuamente, que se tratava do mesmo eu. Mas agora já não tenho a certeza...
Talvez sejam mesmo dois eus diferentes.

Será que estou à beira da loucura?!

Madeleine Peyroux - I'm All Right

Numa relação a dois

deve haver espaço para o eu o tu e o nós.
No equilíbrio entre estas partes deve estar o segredo...