terça-feira, março 31, 2009

"De facto, pode viver-se a parentalidade de duas formas: fazermos o que , mecânica e roteiramente, há a fazer, e seremos seguramente bons pais, mas correndo o risco de sermos substituídos, qualquer dia, por um qualquer robot japonês de última geração, ou embarcarmos na fantástica e maravilhosa aventura de ter um filho na perspectiva do que isso encerra de mágico, ultrapassando-nos a nós próprios, tentando descobrir, na "criança que criamos", a pessoa que se desenvolve, o cidadão que aprende e ensina, o técnico talentoso que se revela. E, acima de tudo, alguém que é, verdadeiramente, o nosso prolongamento, a nossa continuidade, a construção, a invenção, a realização de mais incrível na qual algum dia poderíamos participar. Isso, o robot japonês nunca entenderá nem fará..."
Mário Cordeiro, in O Grande Livro do Bebé - O Primeiro Ano de Vida

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