Eduardo Sá, Revista Pais & Filhos, Julho 2009
quarta-feira, julho 08, 2009
(...) As pessoas ficam mais bonitas quando se precipitam. E quando erram. Sobretudo, muitas vezes. E logo que reclamam, de viva voz, acenos de atenção. E quando pedem mimo, em gestos bem embrulhados. E quando reconhecem que a língua só se entaramela quando a falam para dentro. E que os pequenos-nada são tudo o que torna a vida grande e luminosa. E ficam mais bonitas quando se navegam. Ao leme! E quando namoram. E quando brincam. E sempre que aceitam que crescer é ganhar tempo ao tempo. Na verdade, ninguém é um exemplo para ninguém! É o desafio de ter em quem acreditar que separa os maus exemplos das ocasiões em que alguém nos diz, devagarinho, quase sempre sem querer: «penso em ti!». E só assim a vida volta para nós. Pelo seu pé. Mais outra vez.
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