sábado, dezembro 30, 2006

Saddam Hussein foi enforcado

a noite passada. Condenado à pena de morte.
Não posso, de modo algum, ficar feliz. De facto, até sinto tristeza.
Tristeza, porque os que se dizem “bons” usaram mais uma vez os mesmos meios que os que denominam de “maus”. Tristeza, porque a pena de morte não inspira justiça, como há ainda quem queira defender, mas sim vingança. Tristeza, porque ninguém deveria ter poder para determinar a morte de outrem, nem mesmo um juiz de tribunal.

Não posso nunca defender a pena de morte, nem mesmo para Saddam Hussein. Representa vingança. Não é justiça, não é verdade.
Não é com guerra que se combate a guerra.
Não é com morte que se combate a morte.

É muito mau exemplo para o mundo. Acabar com a vida de um ditador com a mesma frieza com que ele acabou com a vida de tantos. Não é menos cruel uma morte do que as outras.
Estou convencida que não é desta forma que se quebram ciclos de morte.

Por vezes é triste este mundo em que vivemos...


Em 2005, de acordo com a Amnistia Internacional, foram executadas 2148 pessoas. 94% das execuções ocorreram na China, no Irão, na Arábia Saudita e nos Estados Unidos. Estados Unidos: quando começará o país que se diz exemplar a dar o exemplo certo?

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